Brasil do agro, país da fome: pensando estratégias para o desenvolvimento sustentável
Resumen
O Brasil é um dos principais produtores de alimentos e exportadores de commodities agrícolas da atualidade. Ao explorar os mercados externos, demonstra vantagens competitivas derivadas da aptidão produtiva aos agronegócios. Contudo, ao mesmo tempo em que o país se beneficia de supersafras e do aumento da produtividade da agricultura, parcela significativa de sua população convive com os problemas da fome e da insegurança alimentar. Esse cenário se distancia dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial do ODS-2, o qual se destina a acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e promover a agricultura sustentável aos povos. Nesse sentido, tendo em conta a pluralidade das relações de produção na agricultura brasileira, o presente estudo discorre acerca da capacidade da agricultura familiar sustentar uma agricultura em bases sustentáveis, apresentando estratégias em atendimento ao ODS-2. Para isso, o estudo fez uso de pesquisa bibliográfica e levantamento de dados secundários divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Observatório do Clima. Evidencia-se que o modelo agroalimentar adotado no país produz grãos, pouco nutritivos e que não se destinam à alimentação da população nacional, contando com excessiva utilização de agrotóxicos e contribuindo de forma significativa para a emissão de gases de efeito estufa. Por outro lado, há a agricultura orgânica e agroecológica, praticada principalmente pela agricultura familiar, ofertando alimentos nutritivos e que promovem a segurança alimentar. Pelas particularidades, infere-se que o fomento à agricultura orgânica e agroecológica representa uma estratégia potencial para o cumprimento do ODS-2, com direcionamento mais próximo aos preceitos do desenvolvimento sustentável.
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