A concepção de movimentos cíclicos em tempos de crise pandêmica: implicações socioeconômicas da Covid-19 no Brasil
Resumen
Os ciclos econômicos possuem uma dinâmica que se manifesta no formato de ondas. A inflexão da fase de auge econômico (boom) para a fase de recessão é o momento de crise. Menosprezada por muitos, pode-se afirmar que os efeitos da crise pandêmica decorrente da Covid-19 ganharam implicações típicas de uma grande crise global, sobretudo no Brasil. Neste cenário de pandemia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a economia global foi inserida numa grave crise socioeconômica. O objetivo fundamental do presente artigo é discutir a concepção conceitual de crise e de movimentos cíclicos em tempos de pandemia de Covid-19 e as principais implicações socioeconômicas no Brasil. Para alcançar esse objetivo, o artigo fará uso de metodologia de pesquisa do tipo exploratória e qualitativa. A principal conclusão é a de que a crise pandêmica trouxe para o Brasil uma série de problemas econômicos, tais como: desemprego e alta inflacionária, porém o fato mais grave foram os problemas de ordem social, principalmente o aumento significativo da pobreza e da desigualdade social. O uso do “auxílio emergencial”, como política anticíclica e de apoio as estratificações sociais mais vulneráveis em tempos de pandemia, foi de extrema importância por ter criado um “colchão” de proteção social. Entretanto, tendo como base uma série de dados oficiais, pode-se afirmar que o governo Bolsonaro não conseguiu lograr êxito em sua empreitada para mitigar os impactos socioeconômicos da crise de Covid-19 no Brasil, muito disso por conta de uma retórica negacionista e de muita desinformação (fake news) em relação as vacinas
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