Relação entre Percepção Ambiental e Consumo: uma revisão sistemática de literatura

Palabras clave: Percepção ambiental, consumo sustentável, consumo verde, desenvolvimento sustentável

Resumen

O estudo da percepção ambiental se apresenta como essencial para o estabelecimento de uma nova cultura ambiental. Um primeiro passo em prol da conservação e preservação ambiental no planeta deve ser pensado em função das percepções que populações envolvidas apresentam sobre os sistemas natural, social, histórico-cultural e econômico. Ainda no conhecimento da relação sociedade-natureza e subsidiando a construção de estratégias aptas a modificar a forma como a humanidade se relaciona com o ambiente, tem-se o consumo como uma das variáveis relevantes no estabelecimento de singulares hábitos pautados por nova ética ambiental e civilizatória. Este trabalho objetiva analisar como a relação percepção ambiental e consumo é abordada em artigos científicos, utilizando, para isso, a revisão sistemática de literatura. A percepção ambiental é prioritariamente abordada sob o ponto de vista da consciência e atitudes ambientais ou sob a concepção de um produto, em especial. O consumo é enfatizado, sobretudo, pela análise de produtos específicos ou pelo padrão de consumo do indivíduo, de modo geral. Na relação entre as duas variáveis, há predominância da percepção ambiental a partir do que se consome e do consumo como dimensão da percepção

Descargas

La descarga de datos todavía no está disponible.

Biografía del autor/a

Valéria Feitosa Pinheiro

Universidade Regional do Cariri. Crato, Ceará, Brasil

ORCID: 0000-0002-1539-2751, E-mail: valeria.pinheiro@urca.br

Anderson da Silva Rodrigues

Universidade Regional do Cariri. Crato, Ceará, Brasil

ORCID: 0000-0002-3282-4501, E-mail: anderson_rodrigues750@hotmail.com

Fábio Domingues Waltenberg

Universidade Federal Fluminense. Niterói, Rio de Janeiro

ORCID: 0000-0003-3404-7424, E-mail: fdwaltenberg@id.uff.br

Citas

AGUIAR, A. O.; RIBEIRO, C. S.; NASCIMENTO, A. P. B. (2018). “Percepção ambiental de trabalhadores em empresa certificada ISO 14001: práticas e comportamentos”. Desenvolvimento em Questão, Volume 16, nº. 45, 316-335. doi: 10.21527/2237-6453.2018.45.316-335.

AKTEN, M.; AKYOL, A. (2018). “Determination of environmental perceptions and awareness towards reducing carbon footprint”. Applied Ecology and Environmental Research, Volume 16, nº 4, 5249-5267. doi: 10.15666/aeer/1604_52495267.

ANANTHARAMAN, M. (2018). “Critical sustainable consumption: a research agenda”. Journal of Environmental Studies and Sciences, Volume 8, 553-561. doi: 10.1007/s13412-018-0487-4.

BACHELARD, G. (1993). A poética do espaço. São Paulo, SP: Martins Fontes.

BECKMANN, L. J. B.; DUTRA, C. M. (2021). “Construindo um instrumento de avaliação da percepção ambiental associada aos impactos ambientais das ações cotidianas”. Research, Society and Development, Volume 10, nº 6, 01-10. doi: 10.33448/rsd-v10i6.15542.

BRAGA, W. R. de O.; MORAES, N. R. de; DIAS BAPTISTA, R.; PUTTI, F. F.; BRAGA JÚNIOR, S. S. (2018). “A construção da percepção ambiental de estudantes universitários brasileiros”. Revista Observatório, Volume 4, nº 3, 1076–1106. doi: 10.20873/uft.2447-4266.2018v4n3p1076.

BRANDALISE, L. T. (2006). Modelo de suporte à gestão organizacional com base no comportamento do consumidor considerando sua percepção da variável ambiental nas etapas da análise do ciclo de vida do produto (Tese de doutorado). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC.

CAMARGO, A. L. B. (2003). Desenvolvimento sustentável: dimensões e desafios (Coleção Papirus Educação). Campinas, SP: Papirus.

CARNEIRO, C. M. F. M. L. (2019). Escolha de alimentos em feiras de produtos orgânicos: um estudo de percepção ambiental em abordagem ecológica (Tese de doutorado). Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN.

CHACON, L.; LAVOINE, N.; VENDITTI, R. A. (2022). “Valorization of mixed office waste as macro-, micro-, and nano-sized particles in recycled paper containerboards for enhanced performance and improved environmental perception”. Resources, Conservation & Recycling, Volume 180, 1-11. doi: 10.1016/j.resconrec.2021.106125.

CHAUÍ, M. (2000). Convite à Filosofia. São Paulo, SP: Ática.

DEL RIO, V. (1999). “Cidade da mente, cidade real: percepção ambiental e revitalização na área portuária do RJ” in DEL RIO, V.; OLIVEIRA, L. (organização). Percepção Ambiental: experiência brasileira (p. 3-22). São Paulo, SP: Studio Nobel.

DICTORO, V. P.; HANAI, F. Y. (2016). “Análise da relação homem-água: a percepção ambiental dos moradores locais de Cachoeira de Emas – SP, bacia hidrográfica do rio Mogi-guaçu”. Revista Ra’e Ga, Volume 36, 92 -120.

FANG, S. (2019). “Environmental perception of climate change perceived by university students on vegetarian behavioral intention”. Journal of Baltic Science Education, Volume 18, nº 2, 227-238. doi: 10.33225/jbse/19.18.227.

FERREIRA, C. P. (2005). Percepção Ambiental na Estação Ecológica se Juréia-Itatins (Dissertação de mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.

FRANÇA, J. P. de; ALBUQUERQUE, J. V.; PIMENTA, M. R. C.; CAMACHO, R. G. V. (2020). “A percepção ambiental docente em uma escola pública do município de Upanema – RN”. Revista Geotemas, Volume 10, nº 2, 195–216. doi: 10.33237.

LEFF, E. (2010). Discursos sustentáveis. São Paulo, SP: Cortez Editora.

LIMA, G. F. C. (2002). “Crise ambiental, educação e cidadania: os desafios da sustentabilidade emancipatória” in LAYRARGUES, P. P. ; CASTRO, R. S.; Loureiro, C. F. B. (organização) Educação ambiental: repensando o espaço da cidadania. São Paulo, SP: Cortez.

MELAZO, G. C. (2005). “Percepção ambiental e educação ambiental: uma reflexão sobre as relações interpessoais e ambientais no espaço urbano”. Olhares & Trilhas, Volume 6, nº 1, 45-51. doi: 10.14393/OT.

MERLEAU-PONTY, M. (1999). Fenomenologia da percepção. São Paulo, SP: Martins Fontes. Segunda edição.

MERLEAU-PONTY, M. (2004). Conversas - 1948. São Paulo, SP: Martins Fontes.

MULROW, C. (1994). “Rationale for systematic reviews”. British Medical Journal, Volume 309, Nº 6954, 597–599. doi: 10.1136/bmj.309.6954.597.

MURPHY, J.; COHEN, M. J. (2001). “Consumption, environment and public policy” in COHEN, M. J.; MURPHY, J. (organização). Exploring sustainable consumption: environmental policy and the social sciences (p. 3-17). Amsterdam: Pergamom Press.

OLFERT, M. D.; BARR, M. L.; MATHEWS, A. E.; HORACEK, T. M.; RIGGSBEE, K., ZHOU, W.; COLBY, S. E. (2022). “Life of a vegetarian college student: Health, lifestyle, and environmental perceptions”. Journal of American college health: J of ACH, Volume 70, nº1, 232–239. doi: 10.1080/07448481.2020.1740231.

OLIVEIRA, L. D. (2012). “A geopolítica do desenvolvimento sustentável: reflexões sobre o encontro entre economia e ecologia”. Carta Internacional (USP), Volume 7, nº 1, 118-139.

OLIVEIRA, L. de. (2012). “Percepção ambiental”. Revista Geografia e Pesquisa, Volume 6, nº 2, 56-72.

PINHEIRO, V. F.; NASCIMENTO, G. S.; ALVES, C. L. B.; RODRIGUES, A. da S.; BATISTA, M. L. B. (2020). “Percepção ambiental de consumidores de produtos orgânicos: o caso da feira agroecológica da Associação Cristã de Base (ACB), no município de Crato-CE”. Revista IDeAS – Interfaces em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade, Volume 14, nº 1, 1-28.

PORTILHO, F. (2005). “Consumo sustentável: limites e possibilidades de ambientalização e politização das práticas de consumo” (Edição Temática). Cadernos EBAPE.BR, Volume 3, nº 3, 1-12, 2005. doi: 10.1590/S1679-39512005000300005.

ROSSONI, H. A. V.; FARIA, M. T. DA S.; ROSSONI, F. F. P.; PASSOS, M. DE O.; FARIA, B. R. N. de; LEMOS, C. F. (2012). “Análise da percepção ambiental da cidade universitária de Florestal, Minas Gerais – Brasil”. Caminhos de Geografia, Volume 13, nº 41, 240–251. doi: 10.14393/RCG134116475.

SACHS, I. (1986). Ecodesenvolvimento: Crescer sem destruir. São Paulo, SP: Vértice.

SALES, R.G.; GUIDA-JOHNSON, B. (2018). “Percepción ambiental sobre impactos a la producción de alimentos para autoconsumo en tierras secas no irrigadas de Mendoza, Argentina”. Revista de Geografia Norte Grande, Volume 71, 109-124. doi: 10.4067/S0718-34022018000300109.

SAMPAIO, R.; MANCINI, M. (2007). “Estudos de revisão sistemática: um guia para síntese criteriosa da evidência científica”. Revista Brasileira Fisioterapia, Volume 11, nº 1, 83-89. doi: 10.1590/S1413-35552007000100013.

SERAMIM, R. J.; BRANDALISE, L. T. (2016). “A percepção ambiental do consumidor considerando a ACV e um produto da indústria de erva-mate”. Revista de Gestão Social e Ambiental - RGSA, Volume 10, nº 2, 19-36. doi: 10.24857/rgsa.v10i2.1127.

SILVA, A. A. L. da; STRADIOTTO, A.; SAGGIN, A. C.; BRANDALISE, L. T. (2017). “Análise da percepção ambiental e do potencial do painel fotovoltaico na perspectiva de avicultores de Toledo-PR”. Revista Produção e Desenvolvimento, Volume 3, nº 1, 80-98. doi: 10.32358/rpd.2017.v3.209.

SILVA, J.B.; THIAGO, F. (2020). “Percepção ambiental da comunidade acadêmica no campus de alto Araguaia da Universidade do Estado de Mato Grosso” (Edição Especial: VII Seminário Internacional de Estudos Fronteiriços). ParaOnde!?, Volume 13, nº 2, 28-42. doi: 10.22456/1982-0003.99852.

SILVA, M. L. da; SANDRI, E. C.; ROVARIS, N. R. S.; BRANDALISE, L. T. (2019). “Percepção ambiental dos clientes de um restaurante universitário, sobre a análise do ciclo de vida (ACV) das refeições”. Revista Metropolitana de Sustentabilidade, Volume 9, nº 2, 37-52.

TOMASETTO, S. R.; BRANDALISE, L. T. (2018). “Percepção ambiental dos usuários de bandeira em relação ao ciclo de vida do produto”. GeAS - Revista Gestão Ambiental e Sustentabilidade, Volume 7, nº 1, 23-42. doi: 10.5585/geas.v7i1.650.

TRANFIELD, D.; DENYER, D.; SMART, P. (2003). “Towards a methodology for developing evidence-informed management knowledge by means of systematic review”. British Journal of Management, Volume 14, nº 3, 207-222. doi: 10.1111/1467-8551.00375.

TUAN, Y. (1980). Topofilia: um estudo da percepção, valores e atitudes do meio ambiente. São Paulo, SP: DIFEL.

VASCO, A. P; ZAKRZEVSKI, S. B. B. (2010). “O estado da arte das pesquisas sobre percepção ambiental no Brasil”. Perspectiva, Volume 34, nº 125, 17-28.

WAN, M.; CHEN, J.; TOPPINEN, A. (2015). “Consumers’ environmental perceptions of children’s furniture in China”. Forest Products Journal, Volume 65, nº 7-8, 395-405. doi: 10.13073/FPJ-D-14-00102.

WHYTE, A. V. T. (1977). Guidelines for fields studies in environmental perception. Paris: UNESCO/MAB.

YANG, H., HAN, T. (2014). “Environmental perception, ethical consumer behavior, and price sensitivity: impact on using intention of eco-friendly products”. Journal of Distribution Science, Volume 2, nº 10, 57-65. doi: 10.15722/jds.12.10.201410.57.

ZHAO, C.; NIELSEN, T. A. S.; OLAFSSON, A. S.; CARSTENSEN, T. A.; FERTNER, C. (2018). “Cycling environmental perception in Beijing – A study of residents’ atitudes towards future cycling and car purchasing”. Transport Policy, Volume 66, 96-106. doi: 10.1016/j.tranpol.2018.02.004.

Documentos oficiais e institucionais

COMISSÃO MUNDIAL PARA O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO (CMMDA). (1988). Nosso futuro comum. Rio de Janeiro, RJ: FGV.

Organização das Nações Unidas – ONU (2024). Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Internet em 24/03/2024 em https://www.un.org/sustainabledevelopment/

UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION (UNESCO). (1973). Rapport final du group d’experts sur le project 13: la perception de la qualité du milieu dans le Proramme sur l’homme et la biosphére (MAB). Paris: UNESCO.
Publicado
2024-10-07
Cómo citar
Feitosa Pinheiro, V., da Silva Rodrigues, A., & Waltenberg, F. D. (2024). Relação entre Percepção Ambiental e Consumo: uma revisão sistemática de literatura. Espacio Abierto, 33(4), 143-166. https://doi.org/10.5281/zenodo.13887560