Carlos Walter Porto-Gonçalves. La Amazonía y la construcción de un horizonte metodológico descolonial del hacer geográfico
Resumen
El objetivo de este artículo es analizar cómo a partir de sus estudios sobre la Amazonía, Carlos Walter Porto-Gonçalves construyó una lectura temático-empírica sobre la región y, al mismo tiempo, un original horizonte metodológico del hacer geográfico. Nuestra hipótesis de trabajo es que la experiencia de investigación con la Amazonía le dio regla y compas al autor para construir una renovación en la Geografía brasileña. Proponemos dialogar con la obra del autor sistematizando los gestos epistemológicos y las pistas analíticas que, articulados, constituyen un horizonte renovado de lectura descolonial de la geograficidad de lo social, y que serán presentados a lo largo de este texto en el formato de: a) dos gestos epistemológicos, dos formas fundamentales de problematización de la relación con el saber sobre y a partir de la Amazonía: i) combatir el eurocentrismo y la invención colonial de la Amazonía, y, ii) aprender con los horizontes amazónicos - la Amazonía como centro del mundo; b) cinco pistas analíticas que señalan la construcción de una concepción original de geografía que, al mismo tiempo, afirman y tensionan la tradición de la disciplina: i) la Amazonía como acumulación desigual de tiempos: ii) la ecología política de la relación sociedad-naturaleza en la Amazonía; iii) la Geo-grafía como verbo: una mirada hacia la Amazonía desde los de abajo y de las r-existencias; iv) las tensiones territoriales: el conflicto como clave de lectura de la Amazonía; v) las luchas por la vida, por la dignidad y por el territorio en la Amazonía.
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